segunda-feira, 21 de junho de 2010

A atuação Política e Internacionalista da Maçonaria

Sérgio de Vasconcellos

No texto de Gustavo Barroso publicado, "A Maçonaria" , o notável Historiador, cita documentos que desmentem a costumeira falácia maçônica de que a Ordem não se mete em política, bem como confirmam o caráter internacionalista da seita. Mas, como certamente vai aparecer algum bisonho dizendo que isso foi no passado, que hoje a maçonaria é boazinha, que só cuida de filantropia, serão transcritos abaixo trechos de um Livro português mais recente – é de 1998 -, que comprovam as afirmações de Barroso.
As passagens foram retiradas da Obra de A. H. de Oliveira Marques, A Maçonaria em Portugal. Lisboa: Gradiva/Fundação Mário Soares, 1998, 119 páginas. Colecção Cadernos Democráticos, Valores, Volume 6.

Os Políticos maçons não são representantes dos seus eleitores, nem dos Partidos em que estão formalmente filiados, mas, das Lojas:
“Dos 20 ao 90 anos, todo o maçon consciente sabe que pode e deve aprender com seu irmão maçon e aceita com abertura e humildade todos os ensinamentos e correctivos que sobrevierem da expressão das suas opiniões. Não é por mera disciplina ou simples eufeudamento hierárquico que os governantes maçons devem submeter projectos importantes de leis e outros actos governativos à apreciação dos seus confrades. É porque têm a certeza de que aí colherão, sem lisonja e com sinceridade, meios de aperfeiçoar a obra que visam. Cada loja maçónica surge assim como uma pequena assembleia de base onde o dirigentena realidade, representante seu – constantemente se apoia, na busca da melhor fórmula para o bem de todos”. (p. 9)

O internacionalismo é um “dogma” maçônico, sendo o conceito de Nação transitório, devendo um dia ser superado, portanto, entre a “fraternidade” maçônica e a fidelidade à Pátria, o maçon deverá ficar com a Ordem:
“Através do ritual, que inclui vocabulário próprio e sinais de reconhecimento específicos, um maçon português pode contactar com um maçon japonês e receber dele ou transmitir-lhe ajuda e apoio de qualquer género. De facto, um dos deveres mais importantes do maçon, inserto nas Constituições do mundo inteiro, consiste em reconhecer como irmãos todos os maçons, tratá-los como tais e prestar-lhes auxílio e protecção, a suas viúvas e filhos menores. A história da Maçonaria está cheia de casos que provam o geral cumprimento deste dever.
“O internacionalismo da Ordem Maçônica estabelece-se através das Nações ou Estados politicamente constituídos. (...)”
Não quer isto dizer que a Maçonaria aceite a Nação como realidade última da organização da Humanidade. Tal equivaleria a contradizer o princípio da fraternidade universal e da existência de uma única família na face do globo. (...) “A Nação é a escola presente para a super-Nação futura”. Em caso de conflitos entre nações o maçon encara sem dúvida problemas de difícil resolução. Mas, se for obrigado, sem quaisquer sofismas nem disfarces, a optar entre a fraternidade com seus irmãos de outro país e a fidelidade à sua Pátria, ele deverá escolher a primeira.(...)” (p. 10 e 11)

A infiltração maçônica:
“Ao sobrevirem as Revoluções Americana e Francesa, os pedreiros-livres eram já muitos milhares. Mas a acção directa da Ordem na feitura dos movimentos revolucionários não está comprovada documentalmente. A Maçonaria actuou por trás, nos bastidores, sobre o ideário e a actividade dos muitos pedreiros-livres que, integrados noutras organizações mais pragmáticas, lutaram seguindo a via revolucionária e política. Os ideais das Revoluções Americana e Francesa haviam sido, de facto, pensados, teorizados e expostos muito antes delas. E assim iria suceder, quase sempre nas interligações Maçonaria-História. Prefiguração maçónica de ideiais e de acções historicamente relevantes, encontramo-la desde a Revolução Americana ao movimento francês de Maio de 1968. Ligação directa entre Maçonaria e essses movimentos, raras vezes é possível detectá-la. Desde sempre, a acção maçónica exerceu-se, nos indivíduos e não nos organismos”. (p. 24 e 25)

“Uma das perguntas que vulgarmente se faz é de que maneira actua a Maçonaria no mundo profano. A resposta é simples: em grande parte através de instituições que fomenta, cria ou dirige mas que têm a sua vida própria, desligada da vida maçónica interna. Não interessa à Maçonaria que, nestas instituições, todos os membros lhe pertençam. Pelo contrário, prefere que alguns ou muitos lhe sejam alheios, para que a relacionação com o mundo profano se mostre tão grande quanto possível. Basta-lhe assegurar que o espírito de tais instituições se mantenha maçónico e que, se possível, a orientação geral ou, pelo menos, um certo controle, estejam nas mãos de maçons. O número de instituições deste tipo, a que chamaremos paramaçónicas, é grande. (...)” (p. 65)

Eis o que consiste a tão propalada beneficência maçônica:
"Mas cultura e beneficência requerem um enquadramento político. A maçonaria não faz política partidária; faz, no entanto, política no melhor sentido da palavra, identificando política com intervenção no mundo profano visando o melhoramento da sociedade. E faz política sempre que é necessário lutar pela tolerância, pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade, contra o fanatismo, a intolerância, a opressão, enfim. Neste caso, intervir na política não constitui apenas um direito da Maçonaria; constitui um autêntico dever". (p. 68 e 69)

Tomei a liberdade de grifar(negrito) algumas partes. Que cada Leitor tire suas próprias conclusões.


A Maçonaria

As Forças Ocultas
I – A maçonaria
Gustavo Barroso
Demos o primeiro lugar, entre essas forças ocultas, à maçonaria por ser a mais antiga, tanto no mundo como no Brasil. Não esqueçamos seu relevante papel ao tempo de Dom Pedro I, o grão mestre Guatimozin, nem sua ação, às vezes visível, em todos os grandes acontecimentos da nossa história. As ligações entre a maçonaria e o judaísmo têm sido provadas à saciedade inúmeras vezes por grande número de autores. Seus símbolos, passes, palavras, títulos são todos judaicos. Seus grandes orientadores, judeus. Ela é internacional como o judaísmo, o capitalismo e o comunismo. É um Grande Oriente e não um Grande Ocidente...

Por uma circular constante do “Boletim do Grande Oriente do Brasil” de junho de 1935, o Soberano Grão Mestre declara que, em tese, “a maçonaria não faz política de partidos; é instituição que está acima dos partidos”. Essa circular declarava-se simpática à Aliança Nacional Libertadora. Outra condenava o Integralismo. Entretanto, um parecer do Sr. Artur Murat do Pilar, membro do Sacro Colégio e chanceler da Ordem do Grande Oriente do Brasil, opinou a 23 de Setembro de 1935 que não havia razão para a maçonaria condenar o Integralismo como subversivo, porquanto lealmente reconhecia que no manifesto Integralista, “apreciado no seu conjunto, não há uma declaração positiva que autorize a segurança da citada afirmação”.

Há nesse parecer trechos que merecem ser citados: “A comissão também não pode aceitar a extensão que se quer dar aos bons costumes exigidos pela maçonaria para a iniciação de qualquer profano, ligando-os estreitamente à noção de ordem pública. Sua pátria restringe-se à vida doméstica e à atividade do maçon...”.

Vê-se pela própria declaração por escrito da maçonaria, oficialmente, que ela não admite a idéia de pátria no maçon. Com a sua vida secreta, destrói a pátria, pois que a do maçon é a sua atividade maçônica. O Integralismo vive e age às claras. O Integralismo constrói uma pátria. É impossível, pois, qualquer aliança ou ligação entre ele e a maçonaria. A ausência de pátria implica no internacionalismo, que é eminentemente judaico e se exprime na forma capitalista e na forma comunista, quer no âmbito público, quer no âmbito maçônico. O Integralismo, sendo contra qualquer internacionalismo que dissolva as pátrias é contrário à maçonaria.

Além disso, é forçoso convir que ninguém se reúne secretamente, com cuidados de toda a sorte, para fazer coisa boa. O que é bom se faz em público, claramente. Muito maçon há que ainda não percebeu a verdade do que existe oculto por trás das primeiras camadas que são as únicas que lhe deixam ver. Um dia rasgar-se-á o véu do templo e recuará horrorizado.

A maçonaria contraria hoje o sentido, o espírito do século XX com o ridículo romantismo do seu ritual secreto. Isso não seduz mais as mentes da mocidade. Ela quer luz, amplidão, as grandes massas em formatura, as esquadrilhas de aviação rosnando no azul, as florestas de braços verdes que se erguem e abaixam, os gritos bárbaros que ecoam no espaço ensolado, a força duma nação moça ostentando-se à luz do dia.

Nenhum moço quer mais saber de templos ou cavernas forradas de negro ou de vermelho, de tíbias cruzadas e de caveiras, de esqueletos no fundo de alcovas ou de bodes pretos satânicos, de embuçados e de punhais, de testamentos filosóficos e de juramentos terríveis.

O século XX é um século arejado, de janelas abertas e sem teia de aranhas.

A maçonaria brasileira, segundo o capítulo XIII da “Constituição”, inserta no “Código Maçônico”, mantêm representantes junto às Potências Maçônicas Estrangeiras e delas recebe representantes. É, pois, um Estado secreto em ligação, pelo menos diplomática, com outros Estados que a si mesmos se denominam potências. Se si abrir o “Regulamento Geral”, também inserto no aludido código, veremos pelo capítulo I que a maçonaria tem quatro poderes: legislativo, judiciário, litúrgico e executivo. Um Estado no Estado.

A afirmação de que a maçonaria não é política, não se mete na política, não procede. Seus próprios documentos a desmentem e provam que é eminentemente política. Leiamo-los: “Convent du Grand-Orient”, 1929, pág. 48: “Quando um maçon é recebido numa loja, presta juramento: si é deputado, é responsável perante seus eleitores, mas também o é perante nós”. Idem, 1888, págs. 529-530: “Organizamos no seio dos parlamentos verdadeiros sindicatos de maçons”. Idem, 1923, pág. 365: “Os parlamentares maçons, que são de certo modo emanação da ordem, devem, durante o mandato, continuar tributários dela... Sua grande obrigação é jamais esquecer os princípios maçônicos que permitiram sua carreira política e nunca deixar de prestar contas às suas lojas”. Idem, 1922, pág. 362: “Deve se sentir a maçonaria em toda a parte; não se deve descobri-la em parte alguma”.

Que é isso senão política e política não em prol dos interesses nacionais, porém dos interesses maçônicos?

A falecida “A Manhã”, no seu número de 14 de Novembro, salvo engano, publicou com estrondo a notícia da “deflagração de formidável combate ao fascismo brasileiro” pelos militares-maçons de Curitiba. Ora, o mais curioso foi terem alguns oficiais do exército assinado um telegrama notório a esse respeito, destinado ao deputado Plínio Tourinho, sem que o sr. Ministro da Guerra houvesse tomado a menor providência contra eles.

O general João Gomes declarou em documento público que vestir uma camisa verde era “vilipendio” e prendeu o coronel Newton Braga, porque com essa camisa fez uma conferência pública sobre a viagem do “Jahú”. Entretanto, s. ex. não proíbe seus oficiais de usarem secretamente o avental e as faixas da maçonaria. No Integralismo, tudo é público, até o juramento que o Chefe suspendeu para os militares. Na maçonaria, tudo é secreto, inclusive o “testamento filosófico” e o juramento. Maiores razões teria o sr. ministro, se fosse justo, de impedir a entrada de seus comandados numa associação de caráter secreto e suspeito, do que num partido político que age às claras.

Além disso, o Integralismo é todo brasileiro, não tem a menor ligação com instituições ou organizações de fora do país enquanto que a maçonaria, apesar de suas negativas, é internacional, como o comunismo, o judaísmo, estando unida aos Grandes Orientes do oco do mundo...Tanto assim que um fascista ou um nazista, vindo ao Rio, nada tem com o Integralismo e nem serão incluídos nos seus quadros; mas um maçon inglês ou chinês será recebido em qualquer loja “brasileira” e desde que “se regularize” funcionará nela, com o mesmo direito que os brasileiros.

Dizem os ignorantes que a maçonaria nada mais vale, e os cegos que ela não passa duma simples instituição de caridade. Instituição de caridade secreta, não é? Em verdade, a maçonaria é, simplesmente, como diz um amigo meu, a “fábrica de judeus artificiais”.

A maçonaria ajuda seus membros a arranjarem empregos, fama e fortuna. O que uns obtêm duramente, pelo seu esforço constante e mérito próprio, os maçons conseguem à custa do auxílio mútuo dos “irmãos”, em detrimento dos que não são “irmãos”, dos “profanos”. Como de há muito, segundo estudos e documentos conhecidíssimos, a maçonaria esteja sob o domínio do judaísmo internacional, o maçon não passa, às vezes, sem se aperceber, dum escravo dos judeus.

O judeu-judeu, o legítimo, age fora dos países, para comprá-los, escravizá-los, o maçon-judeu artificial age dentro de cada pátria, vendendo-a, auxiliando o trabalho da escravização. Isso dá lugar a inúmeros crimes que se ocultam sob o biombo das três palavras mágicas: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

A própria maçonaria se encarrega de desmenti-las. Peado pelos seus juramentos de obediência cega e pelo segredo, o maçon é o ente menos livre deste mundo. Escalonados em graus hierárquicos, não há a menor igualdade entre eles na escala do mando, dos conhecimentos, das honrarias e dos segredos. A sua fraternidade é falsa, porque existe somente entre si, entre os irmãos, não alcançando os profanos. Toda fraternidade que não seja sem limites, universal, não é fraternidade, passa a ser “coterie” e produz efeitos contrários aos da verdadeira fraternidade.

Pelo covenant de setembro de 1934, do Grande Oriente de França, como resultado do parecer sobre a tese A – “Estudos das doutrinas fascista e dos meios de combatê-las”, a maçonaria resolveu bater-se pela “dissolução das organizações armadas”. Vimos o que fez nesse sentido no Brasil e estamos vendo o que está fazendo em França. Maçonaria e fascismo são inimigos natos.

Pela maçonaria, o judaísmo controla em vários países a distribuição de empregos públicos, de modo a influir na marcha da administração. Sua influência nos exércitos pode ser medida por aquele doloroso e vergonhoso ”affaire des fiches”, que fez com que, em pleno parlamento, o deputado Syveton, destinado a ser morto pela maçonaria, esbofeteasse o ministro da guerra, general André.

Como as influências judaicas, diretamente ou indiretamente, governam o mundo, agindo melhor naqueles que não acreditam nelas e julgam essa história de judaísmo invenção louca de Hitler ou conto “á dormir debout”, aí temos a diferença de tratamento pelo ministro da Guerra a oficiais maçons e integralistas: aqueles podem continuar a prestar seu juramento secreto e a vestir o avental da acácia, porque o fazem ocultamente; estes não devem jurar em público, nem vestir a camisa verde na rua, à luz do sol ou em recintos em que todos podem entrar.

Escondido, com senhas, contra-senhas, palavras de passe, linguagem figurada e sinais ocultos de reconhecimento, o militar não sofre vilipendio, embora se transforme num “judeu artificial”. Às claras, erguendo o braço, bradando anauê, ostentando a camisa verde e pregando a defesa da pátria com suas instituições e tradições, sim, estará vilipendiado.

Em verdade, vivemos numa época de tanta confusão que, para muitos, um avental vale mais do que uma camisa...

(Gustavo Barroso. Espírito do Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936, 290 páginas; transcrito das páginas. 63 até 72.)

Maçonaria - Estudos Críticos

Sérgio de Vasconcellos

Não acredito em “neutralidade científica”, que considero um mito, atrás do qual sempre se encontra algum interesse ideológico escuso. No entanto, acredito na honestidade intelectual, que é condição necessária para qualquer estudo sério. Assim, deixo claro, já, que este Blog é francamente anti-maçônico.

A finalidade deste Blog é expor a maçonaria e seus propósitos nefandos e, para tanto, serão publicados aqui escritos de diversos Autores, não apenas anti-maçônicos, mas, os maçônicos também e principalmente. A documentação maçônica será aqui divulgada, corroborando o ponto de vista deste Blog.

Aos maçons que pretenderem convencer-me de que estou errado, peço encarecidamente que não percam o seu tempo – e o meu -, pois, estudo o tema há 30 anos e estou plenamente convicto de que para o Bem do Povo Brasileiro e de toda a Humanidade, a maçonaria deve ser varrida da face da terra.

Aos maníacos da conspiração, que acreditam em reptilianos, irmandades babilônicas e outras cretinices do gênero, antecipo que não sou psiquiatra. Aos racistas, anti-semitas, nazistóides, separatistas, revisionistas e demais tolos e apátridas, alerto que nada encontrarão aqui que os agrade, pois, repilo todos esses desvios ideológicos, que são manipulados pela maçonaria.

A preocupação central deste Blog é com a Verdade.

Para iniciar auspiciosamente as publicações deste Blog será transcrito o “A Maçonaria”, de Gustavo Barroso; e, em seguida, trechos de um Livro maçônico português, que confirma o que foi dito pelo Autor de “O Integralismo em Marcha”.

Agradeço desde já, todas as críticas, sugestões e contribuições.

Rio de Janeiro, 21 de Junho de 2010.
No Solstício de Inverno.